Home - Agronegociar Home - Agronegociar
  • Negociar Agora
  • Acessar conta
  • Noticias
  • Editais
  • Videos
  • Treinamentos
Home - Agronegociar
EconomiaMilhoPequenos e Médios
12/09/2025
Asbraer

Milho: produzir mais é desafio para a pesquisa e a extensão rural

0
0

Estratégica para o Paraná, cultura do milho demanda avanços tecnológicos

12/09/2025 | Assessoria de Comunicação – IDR-Paraná

Foto: Divulgação/IDR-Paraná

O milho é um dos pilares do agronegócio paranaense. Sua importância econômica e estratégica — tanto no fornecimento de ração para cadeias de proteína animal quanto no abastecimento de novas indústrias — coloca o cereal no centro de um desafio: é preciso aumentar a oferta.

A questão foi amplamente debatida no 18º Seminário Nacional de Milho Safrinha, realizado entre os dias 9 e 11 de setembro, em Londrina. Durante o evento, pesquisadores e extensionistas do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) apresentaram diagnósticos, dados técnicos e caminhos possíveis para ampliar a produção de maneira sustentável.

Com cerca de 3 milhões de hectares cultivados e 20 milhões de toneladas colhidas na última safra, o milho responde, de forma direta ou indireta, por mais de 40% do valor gerado pelo agronegócio paranaense. “É o principal insumo para as cadeias de aves, suínos, leite, peixes e até ovos férteis. O que produzimos não é exportado, é consumido aqui mesmo, dentro do estado”, explicou o engenheiro-agrônomo Edivan José Possamai, do IDR-Paraná.

O Paraná é o segundo maior produtor do país, atrás apenas de Mato Grosso, mas ainda assim precisa importar eventualmente. “Em determinadas épocas, temos de trazer milho do Paraguai para suprir a demanda. Isso evidencia que nossa produção ainda não atende plenamente o consumo interno”, destacou Possamai.

Dos mais de 300 mil estabelecimentos agropecuários do estado, cerca de 95 mil trabalham com grãos, sendo 73% deles conduzidos por agricultores familiares. “O milho tem papel fundamental também na esfera social. Está inserido na pecuária, nos sistemas agroindustriais e na base de milhares de pequenas propriedades”, ele acrescentou.

A necessidade de aumentar a produção não é apenas conjuntural, mas também estrutural. “A cadeia produtiva do milho responde por aproximadamente 40% do valor econômico gerado pelo agronegócio paranaense”, observou a diretora de pesquisa e inovação do IDR-Paraná, Vania Moda Cirino.

Além de atender a cadeia de proteína animal, o cereal passou a ser demandado por novos segmentos industriais. “A produção de etanol de milho está crescendo. E será que teremos matéria-prima suficiente para suprir esses setores?”, questionou a diretora.

Ela citou o exemplo da futura instalação de uma planta de combustível sustentável para aviação (SAF) no estado, com inauguração prevista para 2028. “Só essa empresa vai investir R$ 2,3 bilhões no Paraná. Precisamos garantir o fornecimento de milho para esse novo mercado”, alertou.

O cenário climático também impõe barreiras. Pablo Ricardo Nitsche, pesquisador em agrometeorologia do IDR-Paraná, apontou o aumento dos riscos nos últimos anos, com maior ocorrência de estiagens, veranicos e eventos extremos.

“A média das temperaturas está subindo, e embora a quantidade de chuva anual permaneça similar, ela se concentra em menos dias. Isso significa chuvas mais intensas, que aumentam os riscos de erosão e dificultam o manejo da água no solo”, explicou.

Diante desse contexto, a pesquisadora Graziela Moraes de Cesare Barbosa enfatizou a importância das práticas conservacionistas para manter a produtividade. “O terraceamento é indispensável para reter a água da chuva e preservar o solo. Mesmo com plantio direto e rotação de culturas, a ausência de terraços pode resultar na perda de até 40% da água por escoamento superficial, além de toneladas de solo por hectare em eventos extremos”, relatou.

Outro aspecto desafiador está relacionado à sanidade das lavouras, que enfrenta pressões de pragas e doenças (como o complexo do enfezamento) e também o controle de algumas plantas invasoras, como a buva e o capim-amargoso.

NAPIs 

O enfrentamento ao complexo do enfezamento — causado por patógenos transmitidos principalmente pela cigarrinha-do-milho — e o manejo de solos motivaram a formação de ampla ação de pesquisa no âmbito dos Napi’s (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação).

Os Napi’s são redes colaborativas que integram centros de pesquisa, universidades e entidades privadas com o objetivo de solucionar gargalos estratégicos e gerar impactos sociais e econômicos relevantes para o Paraná. Os trabalhos são coordenados pela Fundação Araucária, vinculada à Seti (Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).

“Temos plena convicção de que, com ciência, tecnologia e inovação, seremos capazes de superar esses desafios”, concluiu a diretora Vania Cirino.

EVENTO 

O Seminário Nacional de Milho Safrinha é uma realização da ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo), entidade civil de âmbito nacional voltada ao aprimoramento dessas culturas. A organização da 18ª edição coube ao IDR-Paraná, Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e à Associação dos Engenheiros-Agrônomos de Londrina, com apoio da Fundação Araucária e empresas patrocinadoras.

Escrito por: Asbraer
A Asbraer é uma entidade sem fins lucrativos que articula assistência técnica, pesquisa agropecuária e regularização fundiária. Atua em todo o Brasil promovendo desenvolvimento rural sustentável, inovação no campo e inclusão produtiva.

Anterior

Capacitação em Apicultura impulsiona agricultores e estudantes em Almas (TO)

Próximo

Meliponicultura será destaque em simpósio em Caxias do Sul (RS)

© AGRONEGOCIAR CNPJ: 17.432.772/0001.03 - Todos os direitos reservados
Gerenciar o consentimento
Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. O consentimento para essas tecnologias nos permitirá processar dados como comportamento de navegação ou IDs exclusivos neste site. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}