As reuniões reuniram produtores, técnicos, cooperativas e representantes do setor para validar coeficientes técnicos e critérios de custeio nas principais regiões produtoras de banana, maçã e maracujá
26/09/2025 | Assessoria de comunicação – Epagri
Reprodução – Epagri
O Projeto Integrado de Custo de Produção Referencial de Frutas, coordenado pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa) em parceria com o Programa de Fruticultura da Epagri, promoveu painéis de especialistas em Itajaí, São Joaquim e Araranguá. As reuniões reuniram produtores, técnicos, cooperativas e representantes do setor para validar coeficientes técnicos e critérios de custeio nas principais regiões produtoras de banana, maçã e maracujá.
O objetivo é elaborar estudos de custos referenciais das principais frutas produzidas no estado e acompanhar de forma detalhada a evolução dos custos do maracujazeiro. A primeira etapa envolve a análise de séries históricas e dados de diferentes fontes, que são revisados e validados em painéis de especialistas com produtores, técnicos e representantes do setor. Essa metodologia garante que os coeficientes técnicos e critérios de custeio reflitam a realidade das regiões produtoras.
Segundo Rogério Goulart Junior, analista do Epagri/Cepa e coordenador do projeto, a construção coletiva assegura que os custos referenciais reflitam as condições reais do campo, fortalecendo sua confiabilidade e utilidade. Os resultados finais serão publicados em breve no Observatório do Agro Catarinense, com dados atualizados para a safra 2025/26, servindo de base tanto para a gestão dos agricultores quanto para o planejamento de políticas públicas voltadas à fruticultura.
Painéis regionais reuniram produtores e técnicos para construir matrizes de custos
O primeiro Painel de Especialistas foi realizado em 26 de agosto, durante a reunião do Time da Banana, no Centro de Treinamento da Epagri, em Itajaí. O encontro foi organizado pelo líder regional da Fruticultura, Bruno Salvador, com coordenação de Rogério Goulart e João Rogério Alves, da Epagri/Cepa. Participaram ainda técnicos da Epagri, produtores, representantes de associações, cooperativas da bananicultura e empresas do comércio de insumos.
O segundo painel ocorreu em 9 de setembro, no auditório da Estação Experimental da Epagri, em São Joaquim, sob organização da líder regional da Fruticultura, Maêve Castelo Branco, e coordenação de Goulart e Alves. O evento reuniu técnicos da Epagri, produtores, cooperativas, associações da maleicultura (maçã), além de empresas e representantes do comércio de insumos. Na oportunidade, o grupo discutiu e ajustou a matriz de custos referenciais da maçã.
Já o terceiro painel foi promovido em 16 de setembro, no auditório do Centro de Treinamento da Epagri, em Araranguá. A organização foi conduzida pelo líder regional da Fruticultura, Diego Adílio da Silva, com coordenação de Goulart Jr. e Alves. Estiveram presentes técnicos da Epagri, produtores, representantes de cooperativas ligadas à passicultura (maracujá), atacadistas e empresas de insumos. Após as discussões, foi concluída a etapa de validação da matriz de custos referenciais do maracujá, cujos resultados também estarão disponíveis em breve para a safra 2025/26.
Aplicativo amplia precisão no monitoramento da cultura do maracujá
Na segunda etapa do Projeto Integrado de Custos Referenciais e do Maracujá, a Epagri/Cepa iniciou o acompanhamento de produtores no Sul catarinense com o uso do aplicativo Di@rio de Campo.
A ferramenta foi criada pela Epagri/Cepa e está sob a coordenação do gerente Dilvan Luiz Ferrari. “Não se trata apenas de registrar números. Estamos construindo uma base de conhecimento que servirá para apoiar agricultores em suas decisões diárias, e ainda, guiar políticas públicas e fortalecer a competitividade do setor”, comenta Ferrari.
O sistema permite registrar, de forma prática e organizada, todas as despesas e informações relacionadas à produção. Segundo Ferrari, o aplicativo representa um avanço no monitoramento da fruticultura, pois considera variáveis como área cultivada, nível de produtividade, escala e diferentes sistemas de produção.
Dilvan explica que o Di@rio de Campo dá ao produtor a possibilidade de enxergar com clareza quanto custa produzir e qual é a rentabilidade da atividade. “Ao mesmo tempo, fornece às equipes técnicas da Epagri dados padronizados e confiáveis, que permitem uma análise mais profunda do desempenho da cultura. As informações consolidadas poderão orientar estratégias coletivas para a safra 2025/26 e para o futuro da fruticultura catarinense”, ressalta o gerente.
